quinta-feira, 18 de março de 2010

el descubrimiento y las posibles traducciones

Abrí la puerta, vagarozo me apoyé en el marco sin entrar en la habitación. Observando mi desordem e pereza con la misma irritación que ha dominado hace unos días, mi relación con mi espacio... pero el desorden era diferente. Mi maleta en el suelo parecía arrojar a mi ropa, libros, papeles y otros objetos pequeños. Era un escenario que parecía una buena metáfora de una cuestión que viene comigo desde el final de mi viaje. ¿Qué he traído conmigo?
Mirando a mi tenis más roto que antes, me acordé de los muchos caminos, personas que conocí, amigos que hecho. Quizá precissase dejar las cosas desparramadas algún tiempo para entender más significados. Además de ser una buena justificación poética para tal lío. Ahora, en mi habitación, con los brazos cruzados, me sentí extrañamente integrado en ciertos lugares, solo recordando, incluso lejos de ellos. Mi identidad parecía dilatada, torcida, como la Costa del Pacífico. No hay como medir ciertos cambios, su intensidad, direccion, pero solamente amplianda en el interior, flotando libremente, pueden expresar la capacidad de la transformación verdadera... es una convulsión dominante, inevitable.
En el avión de vuelta, el pantalla muestra el mapa de América del Sur, en un movimiento cada vez más cerca de Bahía, Salvador, para luego regresar a la totalidad. Bahía-Brasil-América del Sur. Un todo que parece tan lejano, pero que yo trataba de me acercar de otra manera, más sensible a los hermosos recuerdos.
Mientras yo arreglaba la habitación notaba que habia volvido e ganado, más que buenos libros e ropa sucia, pero tambien con una responsabildad e inquietud del movimiento, de la mirada, en creer un poco más en ciertas acciones e desafíos... Mi intento en hablar en español, a pesar de tantos errores, es la búsqueda de estas posibilidades, el descubrimiento y la traducción de las cosas que nos acercan, más e más.

Y asi nos reconocemos
Por el lejano mirar
Por las coplas que mordemos
Semillas de inmensidad.
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
(Atahualpa Yupanqui)

terça-feira, 9 de março de 2010

pessoas, passos, lugares



Abraços partidos, nós na garganta, partida, nós aqui tu allá;
a estrada em pedaços, a estória na sola dos sapatos;
pessoas em nó, a dor na barriga, a américa em retalhos.
passos, pessoas, lugares. trapos, paisagens, olhares. (leo coutinho)

segunda-feira, 1 de março de 2010

O lugar constante de deslocamento

Uma parte do sol atravessou as pálpebras. Era quase meio dia e as curvas da estrada também interromperam o sono. Os joelhos de tão dobrados latejavam esperando uma nova posição, que já há horas era a mesma. As duas poltronas eram como um ninho que acolhia o corpo, o livro, caderno, caneta e câmera. Ao lado a pequena janela dividida entre a neutralidade vermelha da cortina e a vastidão da paisagem bucólica parecia remeter diretamente a uma outra partilha. Os sonhos vividos no instante anterior e a volta repentina pra realidade confundiram o rosto amassado. Reestabelecer contato... É essa a tarefa mais exigida diante de um anti-cotidiano. Tudo de novo diferente amanhã. Lidar com tanto é o maior dos exercícios, mesmo em uma posição inerte, calada, demasiadamente sóbria. Por um momento tudo passa de vez na cabeça, como o lá fora distorcido da janela. A caneta não estava fácil, mas foi buscada com insistência debaixo do banco. Era preciso riscar algo pra colocar de volta algum tipo de ordem em tudo aquilo. Não estava ficando bom, mas lá estava aquele livro pra salvar o momento raro de busca por organização interna. Algumas páginas viradas depois alguém por perto puxa um papo interessante, intorrompido apenas pelas fotos tiradas da montanha adiante. Música pra levitar para além do tempo/espaço, mas logo depois de oito faixas as pilhas descarregadas impedem maiores transcêndencias. De volta pra uma pessoa, conversa, risada. Quantas horas faltam pra chegar? O olhar se volta pra janela agora escura pela noite, que de tão vazia ajuda a deslocar o pensamento pra outra imagem: um chuveiro amaciando e aliviando o juízo. Todos no ônibus dormem, todos parecem sonhar com o mesmo chuveiro, cama, alívio. A luz acende repentina. Reestabelecimento da órbita pra reconhecer a bonita estranheza de mais um lugar. Parindo mais outro olhar no meio da rua da cidade. Chegando ao mesmo espaço do constante deslocamento. Amanheceu e eu não estou mais aqui...

Integração Venezuela

Dançar é bom... Dançar no meio da rua de Caracas é melhor ainda.
Por uma ampla integração de ares, corpos, idades, sentidos e risadas!