segunda-feira, 31 de março de 2008

Manifesto dadaísta

“As borboletas de5 metros de comprimento se partem como os espelhos, como o vôo dos rios noturnos sobem como fogo até a via Láctea...”

Tristan Tzara

“Para muitas pessoas o mundo é tão incompreensível quanto o coelhinho que o mágico tira de uma cartola que, há poucos instantes, estava vazia...”

Jostein Gaarder

“Tudo que precisamos para sermos filósofos é a capacidade de admirar o mundo”

Jostein Gaarder

Capacidade de admirar o mundo!
Onde é que foi parar a sua capacidade de admirar o mundo?
As borboletas de 5 metros de comprimento que se partem como espelhos estão em extinção!
Os rios noturnos não são capazes de subir como fogo até a via Láctea!
Vocês cresceram e perderam o interesse pelas suas próprias vidas.

Dadá sozinho não é nada, não cheira a nada; não é nada, nada, nada.
Assim como vocês quando longe de seus grupos: nada.
Vocês não vêem? Roubaram suas identidades e vocês não foram prestar queixa! Transformaram vocês em uma massa, uma massa que tem o mesmo sabor de dadá: nada!
Assim como seus esforços: nada.
Vocês foram trocados por aquilo que inventaram, não percebem? Vocês não existem mais. Agora o que existe é apenas máquina. Vocês sem as máquinas valem o mesmo tanto de dadá: nada!
Assim como a noção que vocês têm do mundo: nada.
Vocês não sabem de nada, nada, nada! Engolem o que lhe dizem, nem sabe o significado de imparcialidade. Você nem sequer presta atenção no que eles dizem. E eles não dizem nada!

E no que você acredita?
No que você toca?
Mas você não toca em nada.
Tudo te repele.
E nada te atrai.
E vocês inventaram as máquinas.
E as máquinas inventaram o tédio
E agora te prometem entretenimento!
E agora eles destroem a nossa arte.
E você acha que chegou ao fim do tédio...
Mas não...
Por que a observar seu próprio cotidiano é algo que te atrai?

Vocês estão todos acusados: levantem-se! De pé, como fariam para ouvir a Marselhesa ou Deus Salve o Rei! Mas não é para ouvir as nossas palavras, pois elas parecem soar como nada para vocês.
Vejam o que lhes foi privado durante todo esse tempo!
Esconderam-lhes as verdadeiras artes!
As verdadeiras artes são vocês!
Somos nós.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Pela Janela:

Um bolo e convidados

Privilegiado pelo anonimato
Retiro um brilho do olho
E um incômodo da mente,
Como que perguntasse
Se tinha dado em jornal
ou carro de som, o guri:
Nunca tinha ouvido
um "parabéns" vindo de estranho...

A não ser de um palhaço
Contratado há um ano
Para animar os que presenteavam
com um helicóptero que matava gente

por: pauloRIOS