"Os olhos no teto, a nudez dentro do quarto; róseo, azul, violáceo, o quarto é inviolável; o quarto é individual, é um mundo, o quarto catedral, onde nos intervalos da angústia, se colhe, de um áspero caule, na palma da mão, a rosa branca do desespero, pois entre os objetos que o quarto consagra estão primeiros os objetos do corpo (...)" (NASSAR, 1989, p. 9)
Há uns dois anos aparei sobre as mãos um livro de capa simples, vermelha, que até hoje me arrepia a nuca. Degustei cada oração, palavra, cada página virada como se fossem as últimas que pudesse ler... Na época, como ainda hoje não sei muito o que falar dele, comprovando a idéia de que as melhores coisas são por elas mesmas explicáveis, a beleza me silencia e alegra... muito! E a versão cinematográfica, de Luiz Fernando Carvalho, só piora as coisas...
O primeiro livro que li esse ano também foi do Nassar, e acho que tem, além da narrativa, um dos melhores títulos da literatura recente - "Um copo de cólera". É pra se calar mesmo...
Virulentos!
2 comentários:
Eu quero ler! *.*
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